Sexta-feira, 10 de dezembro
Iniciaremos a carta de hoje com os próximos passos inovadores e tecnológicos em nossa alimentação, na medicina e no desempenho humano. Seguindo para o espaço, estações espaciais comerciais estão começando a ser financiadas. Aterrizando nos EUA, conheça o projeto de disponibilizar energia limpa em todos os seus edifícios. Em seguida, você se lembra da polêmica Clearview? Bem... ela está prestes a patentear a sua tecnologia de reconhecimento facial... Por último...O mecanismo de buscas do Google finalmente parece ter um concorrente...
Tudo isso e muito mais! Bora lá?!
Nosso futuro será com Realidade Aumentada, Virtual ou...Sintética?

O filme Matrix é uma das grandes referências para estudos de futuro. Um dos conceitos ali abordados era o de você não saber se vivia num mundo real ou numa ilusão projetada. Em uma das cenas, um dos atores principais parecia estar se deliciando com uma refeição, mas, na verdade, eram impulsos cerebrais gerados artificialmente que enganavam o cérebro para criarem esta sensação.
Hoje, enquanto ouvimos muito falar de Metaverso e suas possibilidades, vemos nosso mundo físico se transformando em sintético. Isto vale para campos tão distintos quanto alimentação, medicina e desempenho humano.
Em meus newsletters anteriores, falei a respeito de alimentos sintéticos – você se lembra do salmão criado em laboratório, a partir de células do animal? – além da aparência, o gosto e textura, os mesmos valores nutritivos ou até maiores? Bem...Há casos semelhantes em carnes, vinhos, whiskeys, entre outros.
Cientistas de Oxford e da Universidade de Amsterdã estimaram que a carne cultivada exigiria 7% a 45% menos energia, ocuparia 99% menos terra e produziria 78% a 96% menos gases do efeito estufa do que os animais convencionais criados para consumo.
Este é um ganho inquestionável, não concorda? Mas e quanto ao risco de a manipulação genética em experiências nem sempre controladas de vírus, bactérias, misturas de animais e até seres humanos? Será que não foi em uma destas tentativas que nasceu a covid, que impactou e ainda impacta o mundo?
A medicina tem usado muitos métodos inovadores e disruptivos para evoluir e beneficiar os seres humanos. Mas será que está tudo sob controle?
Não...Nem tudo são flores, apesar dos diversos avanços tecnológicos, não é possível prever com exatidão o que poderá ser feito, visto que as possibilidades são infinitas. Projetos como estes têm o potencial de serem transformadores, mas também podem evoluir de maneira indesejada.
Bem... vamos aguardar os próximos capítulos...Enquanto isto recomendo a leitura completa da matéria na Wired.
NASA aderindo ao conceito de Economia compartilhada

No dia 2 de dezembro, a NASA anunciou, dentre 11 propostas, a seleção de três empresas americanas, que receberam financiamento de US$400 milhões em fundos federais, para desenvolver estações espaciais privadas: Blue Origin, Nanoracks LLC e Northrop Grumman.
A Blue Origin receberá US $130 milhões para desenvolver o Orbital Reef – um conceito de estação espacial de vôo livre, que a empresa anunciou em outubro.
A Nanoracks LLC está recebendo US $160 milhões por seu conceito de estação Starlab – uma colaboração com a Voyager Space Lockheed Martin – projetado para acomodar até 4 astronautas e conduzir pesquisas avançadas em biologia.
Já a Northrop Grumman recebeu US $125,6 milhões para desenvolver uma estação espacial comercial usando tecnologias existentes. A empresa contará com o apoio da Dynetics para trabalhar no seu conceito de estação espacial modular.
Aparentemente tudo faz parte de um plano maior para substituir a Estação Espacial Internacional (ISS) por estações espaciais comerciais. Através desse modelo, a NASA seria cliente da indústria espacial comercial, permitindo economizar custos e se concentrar em pesquisa básica e exploração.
Vale a pena dar uma lida na notícia no The Verge.
Eletricidade sustentável para todos os prédios da América

Donnel Baird, criador da startup BlocPower, é um visionário que tem como objetivo colocar eletricidade em todos os prédios dos EUA. O projeto já foi implementado em cerca de 1200 prédios de Nova York.
Baird vem de uma origem humilde, cresceu no bairro do Brooklyn nos anos 1980, um lugar cheio de prédios vazios e crimes na época. Para manter o apartamento em que vivia com sua família aquecido, eles usavam o forno, pois o seu prédio tinha um sistema de ar-condicionado que funcionava mal.
Hoje Baird, assumiu a missão de garantir que todos tenham aquecimento e resfriamento de forma sustentável através da eletricidade limpa.
A BlocPower fundada em 2014, tornou-se ainda mais relevante com a aprovação do plano “Build Back Better” de Biden, que inclui US $6 bilhões para reformas de energia doméstica.
A empresa substituiu sistemas antigos de energia que funcionam com combustíveis fósseis por alternativas mais eficientes, como painéis solares e bombas de calor elétricas, promovendo a redução do custo de energia entre 10% e 50% para os proprietários dos edifícios.
No início deste mês, a BlocPower fez parceria com a cidade de Ithaca, Nova York, para eletrificar todos os prédios da cidade até 2030. A projeção é reduzir cerca de 40% da pegada de carbono geral da cidade, por consequência, economizar aproximadamente 160.000 toneladas de dióxido de carbono até 2030, ou o equivalente a cerca de 35.000 carros dirigidos por ano. É uma tarefa difícil, mas é apenas o começo.
É uma iniciativa com grande potencial, mas vamos aguardar a viabilidade dela ser escalável. Saiba mais na Fast Company.
A Clearview AI está próxima de conseguir a patente da sua tecnologia de reconhecimento facial

Mais uma notícia sobre a polêmica empresa Clearview AI, que preenche seus bancos de dados de rostos com imagens extraídas de mídias sociais: desta vez ela está prestes a receber uma patente nos Estados Unidos por sua tecnologia de reconhecimento facial, de acordo com um relatório do site “Político”.
A empresa já recebeu um “aviso de permissão” do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos e, ao pagar a taxa de administração exigida, terá a sua patente oficialmente aprovada.
Vale lembrar que, pela forma que ela trabalha, já chegou a ser barrada pelo Facebook e Twitter, para que parasse de coletar imagens de suas plataformas sem autorização.
As críticas quanto a tecnologia não são boas, pois apesar de ser fascinante, abrem debates sobre os limites da privacidade e os impactos negativos às comunidades minoritárias. Até porque já se comprovou que ela é menos precisa ao tentar identificar pessoas negras e mulheres, podendo levar a falsas acusações/prisões quando usadas por autoridades da lei.
Saiba mais no The Verge.
Conheça a empresa que quer destronar o Google como rei das buscas

Você sabe o momento de uma tecnologia fazer sucesso: quando além de ser utilizada com muita frequência, ela se torna um verbo ou um substantivo. Um exemplo é o próprio Google, que quando estamos a fim de buscar uma informação usamos a expressão “dar um Google”.
Nas palavras do próprio Google sua razão de existir é: “organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis”. E, merecidamente, eles continuam em primeiro lugar neste quesito.
Mas parece que Richard Socher que interromper este processo, através de seu novo mecanismo de busca You.com.
Socher é o ex-cientista-chefe da Salesforce, uma das principais plataformas de gerenciamento de relacionamento com o cliente do mundo e que criou aplicativos corporativos de grande sucesso. Em sua carreira ele fundou e vendeu a empresa de IA MetaMind, fez publicações amplas em áreas que vão desde visão computacional a tradução automática e resumo em processamento de linguagem natural.
O empreendedor se mantém confiante com a sua ideia e não se deixa intimidar pela grandeza deste gigante de quase US $2 trilhões e aposta numa abordagem diferente para pesquisar: Socher e o cofundador Bryan McCann querem mostrar um novo mecanismo tecnológico com informações do mundo de maneira relevante, confiável e com segurança.
Segundo eles: “Hoje, um único mecanismo de buscar, controla quase 90% do mercado de pesquisa, ditando tudo o que você vê. Os preconceitos de publicidade e SEO dos mecanismos das plataformas que temos de pesquisa atuais resultam na falta de controle sobre o que as pessoas leem, assistem, pesquisam, comem e compram. Tudo isso torna as pessoas um objeto de algoritmos de inteligência artificial projetados para monetizá-los”
Vale a pena dar uma olhada no artigo completo para entender melhor como o You.com funcionará, acessando o Digital Trends.
Por hoje é só! Semana que vem tem mais!
E na 3ª feira que vem, ouça no Spotify o TrenDs Cast, a gravação da nossa sala TrenDs News, que acontece todas as 6as feiras, das 8h00 às 9h00 no Clube Transformação Digital do Club House, com notícias como estas.