
Sexta-feira, 22 de abril de 2022
Na carta de hoje veja o estudo que reúne a maior base de dados cerebrais do mundo e como isto poderá ajudar nos avanços em outras pesquisas. Já pensou em ter uma casa construída em pouquíssimo tempo? Vem comigo que você vai saber como… Em seguida, saiba como a era da informação está mudando a indústria de pesca. Veja também, a técnica que pesquisadores da universidade Irvine (UCI) desenvolveram para enxergar cores no escuro. E mais, voluntários da Ucrânia estão digitalizando o patrimônio do país para preservar a história.
Bora lá!
🧠 Conheça a ferramenta com o maior banco de dados cerebrais do mundo

Pesquisadores da Universidade de Cambridge e da University of Pennsylvania, com colaboração de brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Unifesp e do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes (INPD), publicaram um novo estudo na Nature, baseado em pesquisas realizadas em 123.984 exames de ressonância magnética, que é o maior banco de dados já reunido.
Os dados do estudo contêm exames com o mapeamento do cérebro desde seu desenvolvimento na barriga da mãe até os 100 anos. Dessa forma, é possível fazer gráficos e acompanhar a evolução ao longo dos anos. Os exames utilizados vêm de 101.457 pessoas de diversos países, com os dados predominantemente de europeus e norte-americanos e uma representatividade bem menor de sul-americanos, africanos e australianos. O grande mérito desse trabalho é, no fim das contas, a sistematização dos dados. A ideia é que os dados continuem a ser complementados através do site gerado pelo estudo, o BrainChart.
Um software de neuroimagem padronizado foi usado para coletar os dados dos exames de ressonância magnética, analisando cada parte do cérebro. Dessa forma, marcos do desenvolvimento cerebral até então apenas teorizados foram confirmados, como as idades em que as principais classes de tecido do órgão atingem seu volume máximo, quando chegam à maturidade e quando começam a decair.
O plano é que isso possa ser usado como referência para novos estudos, que terão mais precisão ao identificar desenvolvimentos atípicos do cérebro, por exemplo, identificando distúrbios e antever sinais de doenças neurodegenerativas.
Confira mais detalhes no Canal Tech.
🏠 Nova tecnologia para construção mais rápida

A startup texana Icon, construiu as paredes de uma casa do zero em impressão 3D em apenas 1 semana. Um processo que levaria semanas ou meses ficou pronto em poucos dias. A casa de luxo tem quase 200 m2 quadrados e fica em Austin, Texas.
Estudiosos do assunto especulam que a impressão 3D pode ser uma solução viável para a atual escassez de moradias e crise de acessibilidade.
A inovação ainda está no início, mas diversas empresas em todo o mundo estão se especializando no sistema de construção com tecnologia avançada. Inclusive a Icon, que usa seu grande sistema de impressora Vulcan e concreto de "alta resistência" proprietário, conhecido como "lavacrete", para imprimir as paredes de suas unidades.
O sistema de impressão 3D pode produzir de 5 a 10 polegadas em um segundo, o que reduz e muito, o tempo para finalizar a obra da casa. Este concreto de longa duração pode resistir às más condições climáticas, enquanto protege a casa de desastres naturais.
A impressora é automatizada e usa menos materiais e mão de obra, gerando uma economia para as construtoras. Além disso, o projeto arquitetônico pode ser planejado de formas totalmente incomum, no caso da House Zero, algumas paredes foram construídas com curvas e ondulações, para demonstrar a capacidade do Vulcan.
Por enquanto, o sistema de impressão 3D da Icon, constrói somente as paredes, mas a companhia pretende automatizar ainda mais o processo de construção.
E aí?... Está empolgado para comprar a sua própria casa impressa em 3D em um futuro não tão distante?
Confira os detalhes no Business Insider.
🐟 Mudanças positivas na pesca que a transformação digital trouxe

A transformação digital possibilitou que fábricas/indústrias otimizassem e melhorassem a linha de produção, com sensores, robôs, inteligência artificial e aprendizagem de máquina que substitui o trabalho humano ou o torna mais eficiente. Na agricultura, a saúde das plantas é monitorada via satélite e pesticidas e fertilizantes são aplicados através de drones.
Já a pesca comercial – uma das indústrias mais antigas do mundo – é uma exceção. O modo de caça é dominante em grande parte do mundo, com navios-fábrica e traineiras de alto mar que desembarcam milhões de toneladas de peixes de uma vez só, devastando frotas artesanais pré-industriais na Ásia, África e no Pacífico.
A pesca excessiva levou a esgotamento de estoques, destruição de habitats, matanças sem sentido e desperdício de até 30% a 40% dos peixes desembarcados.
De acordo com os defensores da pesca sustentável, o “peixe” produto final viaja 5.000 milhas pelo mundo antes de chegar ao consumidor, que espera por um produto fresco do mar. No caso dos EUA, os peixes são capturados lá, congelados, levados para a Ásia para processamento, depois descongelados e devolvidos aos EUA.
Felizmente este padrão está mudando. No livro “The Blue Revolution: Hunting, Harvesting, and Farming Seafood in the Information Age” o autor descreve como a pesca comercial iniciou uma mudança encorajadora em direção a uma era pós-industrial menos destrutiva e mais transparente.
Toda a indústria pesqueira está passando por mudanças de comportamento, tecnológica e política. Um exemplo é a iniciativa da organização internacional sem fins lucrativos Global Fishing Watch, que monitora e cria visualizações de acesso aberto da atividade pesqueira global na internet com um atraso de 72 horas. O avanço ajudou a prender e condenar proprietários de barcos de pesca ilegal.
Este foi um dos exemplos de que a Era da informação está ajudando a transformar a indústria da pesca. Se quiser saber mais, acesse o Fast Company.
🌌 Como a aprendizagem de máquina pode nos ajudar a enxergar cores no escuro?

Aposto que alguma vez você já quis enxergar no escuro... E, para isso, nós temos luz infravermelha que traz imagens monocromáticas e os óculos de visão noturna, que proporcionam uma visão razoavelmente boa mas, totalmente verde.
E se eu dissesse pra você que é possível ver as cores no escuro?... Bem, este é o objetivo da nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), nos EUA. Eles utilizaram um sistema de aprendizagem profunda para ensinar uma inteligência artificial a enxergar diferentes tonalidades na ausência da luz.
“Ao ensinar uma rede neural com um grande número de amostras, para que ela saiba exatamente quais cores devem estar em uma determinada imagem ou cena, as técnicas de aprendizado profundo são capazes de transformar figuras em preto e branco em imagens coloridas”, explica o professor de oftalmologia Andrew Browne, autor principal do estudo.
Os pesquisadores descobriram que é possível melhorar o treinamento do sistema de Inteligência Artificial ao usar uma câmera especial monocromática, capaz de responder aos comprimentos de ondas de luz tanto no espectro visível quanto no infravermelho.
Este sistema faz estimativas precisas para colorir as imagens transmitidas em um monitor externo, provando que essa arquitetura avançada de aprendizado profundo consegue adicionar cores variadas com base em dados infravermelhos.
Por enquanto, a tecnologia está limitada a fotos de rostos humanos, mas os pesquisadores estão otimistas quanto às aplicações do dispositivo de visão noturnas coloridas no futuro de diversas áreas, como por exemplo, sistemas de vigilância, operações militares ou pesquisas que envolvem o monitoramento de animais noturnos. Além do impacto positivo no campo da medicina.
Saiba mais no Canaltech.
📸 Digitalização do patrimônio cultural em 3D na Ucrânia

A fim de preservar a história do país, alguns ucranianos estão se voluntariando para registrar patrimônios culturais e até artefatos da vida cotidiana em um app de realidade aumentada da empresa Polycam.
Os usuários do aplicativo estão circulando pelas cidades fazendo backups digitais de estátuas e artefatos públicos importantes. A motivação dos voluntários é de recriar ou lembrar no futuro, caso sejam destruídos.
“A iniciativa faz parte do projeto “Backup Ukraine”, desenvolvido pela Polycam em parceria com a Unesco, a Vice Media Group, a organização sem fins lucrativos dinamarquesa Blue Shield Danmark, a Heritage Emergency Rescue Initiative da Ucrânia e o Museu Nacional da História da Ucrânia.”
O projeto foi pensado para conservar a história. As documentações dos voluntários são marcadas com palavras-chave e depois salvas na plataforma da Polycam, onde podem ser vistas posteriormente. Lá podemos encontrar mosaicos, estátuas e escadas de Kiev, Lviv e Kalynivka. Também há documentação de abrigos de emergência, modelos 3D de tanques russos, carros destruídos e seções inteiras de estradas.
Neste momento delicado, todo cuidado é pouco, desta forma, todos os voluntários recebem instruções para evitar áreas com risco de conflito, além de se atentar ao toque de recolher e não revelar acidentalmente as localizações de militares Ucranianos.
Saiba mais no Canaltech.
Por hoje é só, até semana que vem!
E você que gosta das últimas novidades e tendências do nosso mundo em Transformação Digital, conheça o “TrenDs News”, nosso podcast disponível no Spotify com episódios novos todas as 3as feiras e cujas gravações acontecem todas as 6as feiras, das 8h00 às 9h00 no Clube Transformação Digital do Clube House. Prestigie e participe! 🤝