Ideando. Antigamente utilizava a palavra idealizando, mas com o passar do tempo fui-me dando conta de que estava empregando o termo de maneira incorreta. Em um dado momento, mais precisamente em 2016, num feriado de carnaval, dei-me conta na prática do que estava fazendo. E, em cinco dias, me vi num processo de ideação que mais tarde tornar-se-ia numa Startup com uma captação de R$1,5 milhões.
Não, querendo me gabar deste valor, até mesmo porque, o processo de conseguir levantar esse investimento rendeu muito suor dos envolvidos. Mas essa quantia, foi uma representação de vitória para a primeira etapa do negócio, digamos que, isso corroborou que um processo de idear na forma correta e coerente de fazer, é possível transformar ideias em negócios.
O processo de ideação, envolve muita pesquisa, pesquisa esta que deve ser organizada e qualificada. A pesquisa, não é somente para validar o conceito e encontrar similaridades em suas ideias, mas sim, para somar na viabilidade delas.
No meu caso, retornando para 2016, organizei a minha pesquisa da seguinte forma: negócios similares; informações para validação dos processos que envolviam a ideia; análise de concorrentes ou possíveis concorrentes; cenário mercadológico; e, requisitos de viabilidade. Com estes ingredientes em mãos, pude desenhar um diagrama que representasse a solução que posteriormente viraria o negócio.
Além de realizar a pesquisa, também, procurava debater a ideia com pessoas que pudessem criticar a e me tirar da zona de conforto. E isso, foi um dos fatores mais interessantes, pois o risco de apaixonar-se pela ideia pode te levar a cometer pequenas falhas que podem fazer a sua ideia minguar.
Além de realizar uma pesquisa orientada, procurar obter visões de outras pessoas, também, é necessário respeitar o tempo de maturação. O tempo é um fator delicado, pois não pode demorar a praticar, mas tão pouco, pode acelerar ao ponto que possa abreviar etapas e deixar pontos mal esclarecidos. É bem verdade, quando está entusiasmado, a dedicação ao processo de ideação leva-te a debruçar mais tempo e, com isso, mais tempo investigando. É um equilíbrio estranho de quantificar, mas fundamental para o sucesso da missão.
Pois bem, com as informações em mãos, é necessário realizar uma triagem do que realmente irá utilizar para de fato tornar concreta a sua ideia. E aqui, vai uma dica de estrutura do que utilizei para apresentar e formatar a minha ideia:
- Diagrama (WBS - Work Breakdown Structure) ou EAP (Estrutura Analítica do Projeto)
Aqui vale uma observação:
Um WBS, na minha opinião, ele pode funcionar melhor para estruturar o fluxo da ideia. Digamos que um passo-a-passo que representa a ideia. Já um EAP, novamente expressando a minha opinião, utilizaria para explanar os entregáveis previstos dessa ideia.
“Uma vez, um colega resumiu muito bem os passos de ideação:
O que? Como? E quando?”
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Teaser: é aqui que a sua ideia irá ganhar tração. O teaser, nada mais é que o storytlling da sua ideia. E onde, irá aparecer todo o material que pesquisou e desenvolveu para embasar a sua ideia.
Obs.: não pretendo me aprofundar no teaser, pois só ele, merece um novo artigo…rs.
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Plano de viabilidade ou Business Plan. Se você chegou até aqui, a sua ideia ganhou um nível de seriedade e maturação que irá exigir conhecimentos financeiros para montar o que chamamos de DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), um relatório de estimativa de resultados e Investimentos necessários para que a sua ideia “para de pé”.
Retornando ao meu caso, o meu carnaval virou um teaser incrementado…rs. Pois a partir deste teaser, pude conversar com propriedade com os meus futuros sócios e engajá-los na missão. E claro, dar-lhes a pílula necessária para que puderem analisar a ideia de maneira profissional e com atenção.
O fato é, com um teaser você cutuca o Iceberg, mas só vai ter a noção que ele se desprendeu do polo ártico a medida que se aprofunda no Business Plan e, mesmo assim, você estará apenas concluindo o seu processo de ideação.