Como criar novos mercados para o crescimento sem destruir empresas ou empregos existentes? é o que W. Chan Kim e Renée Mauborgne tenta abordar em seu artigo, ele traz uma perspectiva construtiva e inspiradora sobre inovação. O artigo destaca que a inovação não precisa sempre ser disruptiva e que a criação de mercados pode ocorrer sem a destruição ou substituição de empresas e empregos existentes.
O exemplo da Cunard, uma empresa britânica de navegação, ilustra como a inovação pode ocorrer sem ser disruptiva. Diante do advento dos voos comerciais a jato, a Cunard criou o conceito de "férias de luxo no mar", transformando os navios oceânicos em plataformas de recreação e entretenimento. Hoje, a indústria de turismo de cruzeiros gera receitas de cerca de US$ 30 bilhões por ano e emprega mais de um milhão de pessoas.
O artigo apresenta três características fundamentais da criação não disruptiva: pode ocorrer com novas ou existentes tecnologias, é aplicável em diferentes áreas geográficas e níveis socioeconômicos e pode ser uma inovação nova para o mundo, embora não sejam equivalentes. Casos de sucesso incluem a invenção de absorventes higiênicos, a criação da microfinança e o programa de televisão infantil "Sesame Street".
Ao invés de focar apenas na disrupção, o artigo sugere que as empresas explorem o potencial da criação não disruptiva, que permite o estabelecimento de novos mercados, o crescimento econômico e a convivência harmoniosa entre empresas e sociedade.
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https://hbr.org/2023/05/innovation-doesnt-have-to-be-disruptive